O que é o spyware? Os 5 exemplos mais terríveis

Par Tibor Moes / Mise à jour: janeiro 2024

O que é o spyware? Os exemplos mais terríveis (2023)

O spyware representa uma ameaça significativa à segurança cibernética pessoal e organizacional, infiltrando-se furtivamente nos sistemas para roubar informações confidenciais.

Neste artigo, exploraremos os cinco ataques de spyware mais notórios da história, fornecendo estatísticas e análises criteriosas para entender seu impacto e legado.

Significado de spyware: Spyware é qualquer malware que infecta seu computador e espiona suas informações pessoais, desde históricos de pesquisa e navegação até dados de login e detalhes de cartão de crédito.

  • FinFisher ou FinSpy (2010): Utilizado principalmente por governos para vigilância, o FinFisher se infiltrou em sistemas de 32 países. Os pesquisadores identificaram 33 prováveis usuários governamentais desse spyware.
  • Regin (início da década de 2010): Um malware sofisticado direcionado a vários países, o Regin infectou computadores predominantemente na Rússia e na Arábia Saudita. 28% de suas infecções ocorreram na Rússia e 24% na Arábia Saudita.
  • DarkHotel (2014): Esse spyware tinha como alvo indivíduos de alto perfil em hotéis de luxo, usando redes Wi-Fi de hotéis. Desde 2008, milhares de infecções foram atribuídas ao DarkHotel.
  • Pegasus (meados da década de 2010): O Pegasus, conhecido por infectar smartphones, foi usado contra jornalistas, ativistas e outros. Houve tentativas de hackear ou hackear com sucesso 37 telefones celulares de pessoas de alto nível.
  • Havex ou Dragonfly (meados da década de 2010): Tendo como alvo os sistemas de controle industrial, o Dragonfly representou uma ameaça significativa à infraestrutura essencial. Mais de 2.000 sites foram alvos dessa campanha de espionagem cibernética.

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Exemplos de spyware

1. FinFisher ou FinSpy (2010)

No mundo sombrio da espionagem digital, o FinFisher, também conhecido como FinSpy, surgiu como um jogador notório em 2010. Desenvolvido ostensivamente para fins de aplicação da lei e inteligência, o FinFisher rapidamente se tornou uma ferramenta para os governos espionarem seus cidadãos.

Um estudo revelador realizado pelo Citizen Lab em 2015 lançou luz sobre o alcance alarmante do FinFisher. O estudo identificou 33 prováveis usuários governamentais em 32 países, apontando a presença de um servidor mestre do FinFisher – o coração de suas operações de vigilância – dentro dessas nações.

Essa estatística é surpreendente, não apenas pelo número de governos envolvidos, mas também pelas implicações para a privacidade e os direitos humanos. Cada um desses servidores, estrategicamente localizados em diferentes países, atuou como um centro de comando para atividades de espionagem, capturando uma série de dados pessoais de indivíduos desavisados.

Essa implantação generalizada do FinFisher ressalta a tendência crescente de os governos usarem spyware sofisticado como ferramenta de vigilância doméstica, geralmente sem o conhecimento ou o consentimento do público.

2. Regin (início da década de 2010)

Passando para outro spyware formidável, o Regin, que surgiu no início da década de 2010, descobrimos uma história de espionagem cibernética global com uma distribuição geográfica peculiar. Os dados da Broadcom Community revelaram que, entre os computadores infectados pelo Regin em todo o mundo, 28% estavam na Rússia, seguidos de perto por 24% na Arábia Saudita. Além disso, o México e a Irlanda foram responsáveis, cada um, por 9% das infecções.

Essas estatísticas não apenas destacam o impacto generalizado do Regin, mas também sugerem um direcionamento estratégico de regiões específicas por motivos que continuam sendo motivo de especulação e debate nos círculos de segurança cibernética. A forte concentração de infecções na Rússia e na Arábia Saudita, em particular, levanta questões sobre os objetivos e as origens dos ataques do Regin.

Esse malware sofisticado, conhecido por sua complexidade e furtividade, representa um marco significativo na evolução do spyware, demonstrando a capacidade dessas ferramentas de se infiltrarem em sistemas além das fronteiras e coletarem informações em escala global.

3. DarkHotel (2014)

No cenário da espionagem cibernética, o DarkHotel se destaca como um exemplo particularmente insidioso. Identificado pela primeira vez em 2014, esse spyware criou um nicho para si mesmo tendo como alvo indivíduos de alto nível em hotéis de luxo.

O que torna a história do DarkHotel fascinante é seu amplo alcance. De acordo com a Securelist, desde sua detecção em 2008, o número de infecções aumentou para milhares. Essa estatística não apenas destaca a natureza generalizada das operações do DarkHotel, mas também ressalta sua presença persistente no domínio da espionagem cibernética.

O modus operandi do DarkHotel era inteligente e alarmante: explorar redes Wi-Fi de hotéis para se infiltrar nos dispositivos dos hóspedes-alvo, geralmente executivos de empresas ou funcionários do governo. Essa estratégia permitiu que o DarkHotel reunisse discretamente informações confidenciais durante um período prolongado, tornando-o uma ferramenta formidável no arsenal da espionagem digital.

4. Pegasus (meados da década de 2010)

Passando para Pegasus, um nome que ressoa sinistramente no reino do spyware, encontramos um exemplo assustador dos recursos da tecnologia de vigilância.

O Pegasus, que ganhou notoriedade em meados da década de 2010, foi desenvolvido ostensivamente para rastrear criminosos e terroristas. No entanto, seu uso logo se desviou para territórios controversos.

Um relatório envolvendo o Security Lab e o Citizen Lab da Anistia Internacional, conforme destacado pelo Malwarebytes.com, revelou estatísticas profundamente preocupantes: houve tentativas de invasão ou invasões bem-sucedidas em 37 telefones celulares pertencentes a indivíduos de alto perfil. Esses indivíduos variavam de jornalistas e ativistas a executivos de negócios e figuras políticas.

A sofisticação do Pegasus permitiu que ele se infiltrasse secretamente nos smartphones, transformando-os em dispositivos de vigilância sem o conhecimento dos proprietários. Essa estatística é significativa não apenas em sua escala, mas também em sua implicação na liberdade de expressão e na privacidade.

A capacidade da Pegasus de monitorar silenciosamente todos os aspectos da vida digital de um indivíduo marcou um ponto de virada na discussão sobre o uso ético das tecnologias de vigilância e a necessidade de proteções robustas dos direitos digitais.

5. Havex ou Dragonfly (meados da década de 2010)

Em meados da década de 2010, o cenário da segurança cibernética testemunhou o surgimento de uma forma particularmente direcionada de spyware: o Havex, também conhecido como Dragonfly. Essa sofisticada campanha de espionagem cibernética era diferente de todas as outras, principalmente devido ao seu foco em sistemas de controle industrial.

O que diferencia o Dragonfly é seu direcionamento amplo e estratégico. Os especialistas em segurança cibernética da Dragos.com estimaram que a campanha Dragonfly afetou mais de 2.000 sites. Esse número impressionante não é apenas uma prova da escala da campanha, mas também de sua precisão.

Os sites visados não foram aleatórios; eles foram cuidadosamente selecionados por sua importância em setores de infraestrutura crítica. Essa estratégia destaca uma mudança nas táticas de espionagem cibernética – da coleta de dados para a possível interrupção de serviços essenciais.

O malware Havex foi criado para se infiltrar e estudar esses sistemas, preparando o terreno para possíveis interrupções futuras. O impacto do Dragonfly vai além do mero roubo de dados, representando uma ameaça significativa à segurança operacional de serviços e setores vitais.

Esse exemplo ressalta uma evolução crucial nas ameaças cibernéticas: a mudança do roubo de informações para o potencial de consequências no mundo real.

Conclusão

As histórias de FinFisher, Regin, DarkHotel, Pegasus e Havex demonstram a natureza diversa e sofisticada dos ataques de spyware em nossa era digital. Esses exemplos destacam não apenas o alcance e o impacto global desse software, mas também as ameaças em evolução à privacidade, à segurança e à infraestrutura essencial. De governos vigiando cidadãos a ataques direcionados a indivíduos de alto perfil e sistemas industriais, a necessidade de vigilância e medidas robustas de segurança cibernética nunca foi tão evidente.

Em vista dessas ameaças, a importância de uma segurança cibernética robusta não pode ser exagerada. É fundamental investir em soluções confiáveis de segurança cibernética de marcas confiáveis como Norton, Avast, TotalAV, Bitdefender, McAfee, Panda e Avira. Esses provedores oferecem recursos de proteção avançados que protegem contra as mais recentes ciberameaças.

Essas soluções antivírus oferecem camadas essenciais de segurança, desde o monitoramento em tempo real até estratégias avançadas de detecção e atenuação de ameaças. Investir nesse tipo de software não é apenas uma proteção contra possíveis ameaças cibernéticas; é uma etapa essencial para proteger os dados digitais e os ativos pessoais e organizacionais em um mundo cada vez mais interconectado.

Fontes

  1. Citizenlab.ca
  2. Comunidade.broadcom.com
  3. Securelist.com
  4. Malwarebytes.com
  5. Dragos.com

 

Autor: Tibor Moes

Autor: Tibor Moes

Fundador e editor-chefe do SoftwareLab

Tibor testou 39 programas antivírus e 30 serviços de VPN, e possui um certificado de pós-graduação em segurança cibernética da Universidade de Stanford.

Ele usa o Norton para proteger seus dispositivos, o CyberGhost para sua privacidade e o Dashlane para suas senhas.

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