O que é um ataque DDoS? Os 7 exemplos mais terríveis
Par Tibor Moes / Mise à jour: janeiro 2024
Os ataques DDoS (Distributed Denial of Service, negação de serviço distribuída) representam uma ameaça digital formidável, interrompendo os serviços ao sobrecarregar os sistemas com uma enxurrada de tráfego da Internet.
Neste artigo, os leitores descobrirão insights sobre os sete ataques DDoS mais devastadores da história, compreendendo seu impacto e importância no mundo digital.
Significado do ataque DDoS: Um ataque DDoS é projetado para derrubar sites e redes. É uma forma de crime cibernético que envia uma enorme torrente de tráfego falso para serviços on-line, como sites, até que eles congelem ou quebrem.
- Projeto Rivolta (2000): Esse ataque do início do século XXI teve como alvo 16 grandes empresas, marcando um aumento significativo nas ameaças digitais. O prejuízo financeiro foi estimado em US$ 1,7 bilhão.
- Ataque DDoS da Estônia (2007): Um ataque de cunho político que demonstrou o poder de mobilização de uma vasta rede de bots. Quase um milhão de computadores “zumbis” foram usados, criando uma interrupção significativa.
- Operação Payback (2010): Uma campanha transformada em protesto digital, tendo como alvo grandes empresas como o PayPal, que registrou perdas de US$ 5,6 milhões.
- Ataque DDoS da Spamhaus (2013): Visando uma organização anti-spam sem fins lucrativos, esse ataque atingiu uma escala sem precedentes de 300 Gbit/s.
- Ataque DDoS Dyn (2016): Um ataque maciço envolvendo cerca de 100.000 endpoints maliciosos, atingindo uma força de 2 terabits por segundo e interrompendo os principais serviços de Internet.
- Ataque DDoS do GitHub (2018): O mais poderoso registrado na época, com pico de 35 terabits por segundo e mostrando a crescente sofisticação de tais ataques.
- Ataque DDoS da Amazon (2020): Estabeleceu um novo recorde com um pico de 3 terabits por segundo, destacando a magnitude crescente dessas ameaças.
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Exemplos de ataques DDoS
1. Projeto Rivolta (2000)
No início do novo milênio, ocorreu uma catástrofe digital, conhecida como Projeto Rivolta. Esse ataque sem precedentes deixou um rastro de caos e ruína financeira, tendo como alvo nada menos que 16 grandes empresas.
Os agressores, explorando o estado relativamente incipiente da segurança na Internet, lançaram uma série de ataques DDoS coordenados. Esses ataques implacáveis sobrecarregaram os servidores da empresa com uma avalanche de solicitações digitais, paralisando efetivamente sua presença on-line. O resultado não foi apenas uma interrupção temporária dos serviços; foi uma calamidade financeira.
De acordo com um relatório do kidsnews.com, o dano estimado infligido pelo Projeto Rivolta foi de incríveis US$ 1,7 bilhão. Esse valor reflete não apenas os custos diretos para combater os ataques e restaurar os serviços, mas também a profunda perda de confiança do consumidor e a interrupção dos negócios.
O ano 2000 marcou um ponto de virada, mostrando ao mundo que as ameaças digitais poderiam causar estragos no mundo real em uma escala inimaginável.
2. Ataque DDoS da Estônia (2007)
Sete anos depois, em 2007, uma pequena nação báltica vivenciou o que só poderia ser descrito como uma guerra digital. A Estônia, conhecida por sua infraestrutura digital avançada, tornou-se alvo de um ataque DDoS maciço, que muitos acreditavam ter motivação política. Esse ataque foi único não apenas em sua escala, mas em sua sofisticação.
Conforme relatado pelo cyberlaw.ccdcoe.org, o Ministro da Defesa da Estônia, Jaak Aaviksoo, revelou um fato surpreendente. Os atacantes haviam se apoderado de quase um milhão de computadores “zumbis” em todo o mundo, criando uma enorme rede de bots. Esses computadores sequestrados, sem o conhecimento de seus proprietários, tornaram-se os soldados involuntários desse ataque digital. Ao aproveitar essa vasta rede de bots, os atacantes ampliaram o impacto de seu ataque, sobrecarregando as defesas digitais da Estônia.
O ataque foi um alerta para o mundo, ressaltando a vulnerabilidade até mesmo das sociedades digitais mais avançadas e a necessidade de defesas cibernéticas robustas.
3. Operação Payback (2010)
Em 2010, o mundo digital testemunhou um novo tipo de ativismo cibernético com a Operação Payback. O que começou como uma campanha para apoiar sites de compartilhamento de arquivos rapidamente se transformou em uma série de ataques contra grandes empresas. Essa operação, realizada de setembro de 2010 a janeiro de 2011, simbolizou uma mudança no uso de ataques DDoS como meio de protesto digital.
Um dos alvos mais notáveis foi o PayPal, líder global em serviços de pagamento on-line. Conforme detalhado pelo DarkReading, o PayPal relatou perdas surpreendentes de US$ 5,6 milhões devido a esses ataques. Esse valor não reflete apenas os danos financeiros diretos, mas também destaca o impacto mais amplo sobre as operações comerciais e a confiança dos clientes.
A grande escala dessa operação e suas implicações financeiras ressaltaram uma lição crucial: as plataformas digitais não são apenas suscetíveis a criminosos cibernéticos, mas também a grupos ideologicamente motivados que utilizam ataques DDoS como ferramenta de protesto.
4. Ataque DDoS da Spamhaus em 2013
O ano de 2013 marcou um novo recorde nos anais da história dos ataques DDoS com o ataque à Spamhaus, uma organização anti-spam sem fins lucrativos. Esse ataque não foi apenas mais uma interrupção; foi uma demonstração de poder cibernético.
Atingindo uma escala sem precedentes de 300 Gbit/s, conforme relatado pelo The Register, esse foi um dos maiores ataques DDoS conhecidos na época. A magnitude do ataque foi tal que não apenas ameaçou a estabilidade da Spamhaus, mas também representou um risco significativo para a infraestrutura mais ampla da Internet.
Essa barragem avassaladora de tráfego, com o objetivo de sufocar a capacidade de funcionamento da organização, foi um lembrete claro do poder e da sofisticação crescentes dos ataques DDoS. Ele destacou uma vulnerabilidade crucial na arquitetura da Internet e levantou sérias questões sobre a prontidão das organizações para lidar com essas ameaças de grande escala.
5. Ataque DDoS da Dyn (2016)
Em 2016, a empresa de infraestrutura de Internet Dyn enfrentou um desafio sem precedentes. Esse ataque DDoS não foi notável apenas por sua escala, mas também por sua sofisticação.
O The Guardian informou que o ataque atingiu uma força extraordinária de 1,2 terabits por segundo, equivalente a 1.200 gigabytes por segundo. Esse imenso volume de tráfego foi suficiente para sobrecarregar até mesmo os servidores mais robustos. A Dyn, que desempenha um papel fundamental no direcionamento do tráfego da Internet, estimou que o ataque envolveu cerca de 100.000 endpoints maliciosos.
Esses endpoints, em sua maioria compostos por dispositivos IoT infectados, formaram uma enorme botnet que bombardeou os servidores da Dyn. O impacto desse ataque foi de longo alcance, interrompendo os principais sites e serviços em toda a Internet. Foi um lembrete claro das vulnerabilidades crescentes em um mundo cada vez mais conectado e do potencial de interrupções maciças causadas pela exploração desses pontos fracos.
6. Ataque DDoS do GitHub (2018)
O ataque DDoS do GitHub em 2018 estabeleceu um novo recorde no mundo das ameaças cibernéticas. Conforme detalhado no relatório de incidentes do GitHub, esse ataque atingiu um pico surpreendente de 1,35 terabits por segundo de tráfego. Isso o tornou o ataque DDoS mais poderoso registrado até aquela data. A escala do ataque foi tão grande que poderia ter prejudicado os serviços dessa plataforma essencial para os desenvolvedores do mundo todo.
No entanto, a resposta proativa e a infraestrutura robusta do GitHub ajudaram a mitigar o impacto do ataque. O grande volume de tráfego nesse ataque ressaltou a escalada contínua dos ataques DDoS, tanto em tamanho quanto em complexidade.
Ele também destacou a importância fundamental de se ter mecanismos de defesa sofisticados para se proteger contra essas ameaças cibernéticas colossais.
7. Ataque DDoS da Amazon (2020)
Em 2020, o cenário digital enfrentou mais um evento sísmico: um ataque DDoS contra a Amazon, a gigante global do comércio eletrônico e da computação em nuvem. Esse ataque não foi apenas mais um registro nas crônicas de ataques cibernéticos; ele estabeleceu um recorde por sua grande magnitude.
De acordo com um relatório da A10 Networks, o ataque atingiu um pico sem precedentes de 2,3 terabits por segundo (Tbps). Para colocar isso em perspectiva, essa taxa de fluxo de dados é semelhante à transmissão simultânea de centenas de milhares de filmes de alta definição. Isso o tornou o maior ataque DDoS já registrado na época.
O alvo, a Amazon Web Services (AWS), é a espinha dorsal da Internet, hospedando grandes quantidades de tráfego da Web para empresas em todo o mundo. Um ataque dessa escala a um participante tão importante no espaço digital não foi apenas um ataque a uma única entidade, mas uma ameaça à própria infraestrutura do mundo on-line.
O fato de a AWS ter conseguido resistir e mitigar esse ataque colossal é uma prova da robustez de suas defesas. No entanto, ele também serviu como um lembrete claro do aumento do poder e da sofisticação dos ataques cibernéticos. Ele destacou a importância da inovação contínua nas estratégias de segurança cibernética para proteger contra ameaças cada vez mais potentes.
O ataque DDoS da Amazon em 2020 foi um divisor de águas, ressaltando a natureza em constante evolução das ameaças cibernéticas e a necessidade de vigilância incessante e preparação avançada no domínio digital.
Conclusão
A série de ataques DDoS que exploramos, desde os primeiros dias da Internet até o presente, demonstra claramente uma tendência alarmante. Esses ataques evoluíram não apenas em sua sofisticação técnica, mas também em sua capacidade de causar interrupções generalizadas e danos financeiros significativos.
Desde o golpe de US$ 1,7 bilhão do Projeto Rivolta até o ataque recorde de 2,3 Tbps à Amazon, cada incidente ressalta a necessidade crítica de defesas cibernéticas robustas em um mundo cada vez mais interconectado.
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A utilização dessas soluções antivírus pode aumentar significativamente a segurança digital do usuário, oferecendo tranquilidade em um cenário em que as ameaças cibernéticas estão em constante evolução. Investir nesses programas antivírus não é apenas uma medida de precaução; é uma etapa essencial para garantir a segurança e a integridade de nossas vidas digitais.
Fontes
- Kidsnews.com
- Cyberlaw.ccdcoe.org
- Darkreading.com
- Theregister.com
- Theguardian.com
- Github.blog
- a10networks.com

Autor: Tibor Moes
Fundador e editor-chefe do SoftwareLab
Tibor testou 39 programas antivírus e 25 serviços de VPN, e possui um certificado de pós-graduação em segurança cibernética da Universidade de Stanford.
Ele usa o Norton para proteger seus dispositivos, o NordVPN para sua privacidade e Proton para suas senhas e e-mails.
O senhor pode encontrá-lo no LinkedIn ou entrar em contato com ele aqui.